Os bons
momentos que nos proporcionaram os jovens do grupo ‘Madeira Jazz Collective’,
naquele fim de tarde da última no jardim do Museu Quinta das Cruzes, ficaram
ainda mais deliciosos quando reparei no reflexo da brilhante tuba que estava
mesmo à minha frente.
Inicialmente,
não me tinha apercebido o que estava a refletir, até ampliar o que tinha registado
na minha pequena Canon.
Na
realidade, o que consegui captar, a espaços, entre o movimento do músico, foi o
reflexo de uma boa parte do público que assistia encantado a aquela iniciativa
da Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da
Cultura, integrado no projeto ‘Summer Sounds’.
Esta fotografia
mostra o que descrevo.
Quanto ao ‘Madeira
Jazz Collective’, fundado em janeiro de 2015, posso dizer que surge da vontade
do trompetista luso-venezuelano Alexandre Andrade em reunir músicos madeirenses
num projeto no qual a criatividade, as experiências individuais, a amizade, a interação
e a proatividade, se encontram ligadas pela linguagem universal do Jazz.
Naquele fim
de tarde, ouvimos uma homenagem à música de Miles Davis. Tocaram, na íntegra,
o álbum ‘Birth of the cool’.
O pelourinho voltou ao seu local original. Nesta mudança, aproveitaram para ali colocar duas partes da construção original, que estavam na Quinta Museu das Cruzes, no Funchal. Nesse espaço ficou um vazio de ideias que entristece quem olha. Parece que roubaram algo e taparam com cimento o buraco. No fundo, só não roubaram.
As peças originais ainda no Museu Quinta das Cruzes |
A esperança é que escureçam com o tempo, e se aproximem dos originais trabalhados pela natureza há muitos séculos. Afinal, não é muito tempo. Havemos de lá chegar para ver se é verdade.
O pelourinho na localização anterior, e ainda sem as peças originais |
Reza a história que em 1486, D. Manuel enviou um pelourinho para a ilha, tendo sido instalado no lugar a que deu nome, o Largo do Pelourinho. Além de ser um centro de castigos que pretendiam ser públicos e exemplares, era também o ponto de encontro e passagem de muitas pessoas.
Esta fotografia mostra lugares da cidade. Em primeiro plano, onde podemos ver muitos mastros, temos a Marina do Funchal. Ao seu lado, sobressai o extremo do cais da cidade, que é visitável e que divide duas marinas.
O grande telhado que está atrás do cais e de parte da marina é o Palácio de São Lourenço.
Onde toca a ponta do mastro maior da fotografia encontramos um antigo hotel, que hoje pertence à Santa Casa de Misericórdia do Funchal. Ali funciona um lar de idosos e os serviços de estatísticas do Governo. Duas vertentes que não ligam.
A torre que "entra" por este edifício dentro é da igreja de São Pedro.
Um pouco mais à esquerda, onde se vê outra torre, é da igreja do Convento de Santa Clara. Muito junto a este núcleo temos a casa do Museu Quinta das Cruzes, com as frondosas árvores que pincelam o seu bonito jardim.
Ainda por cima do edifício da Santa Casa temos um hotel que é uma relíquia o Monte Carlo.
Hoje é o Dia Mundial do Turismo. Este ano tem como tema "Turismo sustentável - Uma ferramenta para o desenvolvimento".
São imagens como esta, no Museu Quinta das Cruzes, que mostro os encantos da Madeira a quem nos visita que me motivam a prosseguir com o site Funchal Daily Photo. Um dos propósitos centrais é o de mostrar o que cerca de 1,2 milhões de turistas anuais podem ver nas suas férias na ilha da Madeira, aos quais se devem juntar mais 520 mil passageiros dos navios de cruzeiros que chegam e partem do Funchal em cada ano.
Janela aberta
Na realidade, este site tem esse condão, de ser uma janela aberta que promove silenciosamente a ilha por esse mundo fora com as fotografias que publico todos os dias desde 29 de abril de 2009. E chega tanto a estrangeiros como a conterrâneos nossos da diáspora que saciam as suas saudades da terra Natal que é sua ou dos seus antepassados. Muitas vezes pedem que capte determinada fotografia de um lugar que lhes diz muito, o que faço com todo o prazer, a maior parte das vezes sem dar conta disso em qualquer plataforma online.
O site também é uma porta aberta para os que aqui vivem para poderem valorizar ainda mais a ilha encantada. E estou ciente que isso acontece porque muitos dão conta disso mesmo.
Este site é um caso único
Este site, sem falsas modéstias, é um caso único na Madeira e mesmo em todo o país.
Daí que em cada ano que se assinala o Dia Mundial do Turismo, para mim é um misto de alegria e de tristeza. Tristeza por continuar a não ver espontaneamente reconhecido o meu trabalho pelas entidades públicas nesta altura. Alguns, por muito menos, são apoiados e glorificados. Seria um grande estímulo, mas o caminho faz-se colocando uma pedra de cada vez até chegar até à outra margem.