A Rua das Pretas tem um nome que ofusca o encanto que consegue oferecer a quem passa através dos inúmeros edifícios antigos, muitos fechados com a sua história, sem vida. Outros renasceram com outra alma mas mantiveram o corpo que os molda há décadas. A rua mantém a traça desde 1560.
E, depois, lá no topo da rua, temos a igreja de São Pedro, que aqui podemos ver ao centro da fotografia.
E porque escrevo que a rua tem um nome que não a prestigia? Pois, uma das leituras que reúne mais consensos em relação à origem do nome é que ali, naquelas magníficas casas, viviam famílias abastadas que tinham ao ser serviço empregadas negras. Enfim...
Esta fotografia ficou brilhante. Em primeiro lugar pela luz. E, depois, por aquele topo da montanha pintado com árvores que brilham com o sol e que, ao mesmo tempo, deixam passar a luz.
Mas o que já seria encantado ficou ainda mais enobrecido com aquela lua matinal a leste da cidade.
E, pois, é verdade, há mais a preencher esta maravilha, o avião que passa lá no alto, sobre a lua, e que deixa um rasto do seu curso...
Hoje é um dia como outro do ano, no qual, como em todos, milhares de pessoas fazem anos.
Esta obra, feita de pedras na Praia Formosa, pode evidenciar o acumular dos anos numa união que procura cimentar a vida o mais longe possível. O esqueleto está pronto, embora sempre possa ser reforçado na base para dar ainda mais consistência.
Depois é ir preenchendo com mais pedras até que o tempo não desmorone o que a nossa sede de viver procura prolongar em cada momento.