A antiga Estação do Pombal. Sim porque a cidade do Funchal teve um comboio que subia desde esta estação ao Terreiro da Luta, lá em cima, no Monte, onde as casas acabam. E depois descia. Os primeiros lanços entraram ao serviço em 1893 e 1894.
No entanto, só a 24 de Julho de 1912 o comboio chega ao Terreiro da Luta, a 850 metros de altitude. Nessa altura, tinha uma extensão de 3.911 metros.
O comboio era servido pelas paragens: Pombal, Levada de Santa Luzia, Livramento, Quinta Sant’Ana (Sant’Ana), Flamengo, Confeitaria, Atalhinho (Monte), Largo da Fonte, e Terreiro da Luta.
Naquele mesmo dia 24 de julho, é inaugurada a estação do Terreiro da Luta, o Chalet Restaurant-Esplanade,um restaurante panorâmico, com capacidade para 400 clientes, explorado pela própria Companhia do Caminho-de-Ferro do Monte. Este edifício ainda existe e é utilizado para festas.
A Companhia do Caminho-de-Ferro do Monte não teve vida fácil. Lutou contra grandes dificuldades financeiras. Não conseguiu reunir capitais suficientes para substituir o material circulante, que mostrava graves sinais de desgaste. Diz-se mesmo que a situação levou ao acidente de 10 de setembro de 1919, quando se deu uma explosão na caldeira de uma locomotiva, na altura em que o comboio subia em direção ao Monte. Resultaram 4 mortos e vários feridos, entre os 56 passageiros. Devido ao desastre, as viagens foram suspensas até 1 de fevereiro de 1920.
A 11 de janeiro de 1932, acontece novo desastre. Desta vez, por descarrilamento. A partir de então, os turistas e os residentes afastaram-se do caminho de ferro.
A II Guerra Mundial trouxe estancou o turismo e a companhia entrou em crise.
Outro fator que contribuiu para o declínio foi a construção de estradas.
Assim, em abril de 1943 dá-se a última viagem do comboio. Logo depois é desmantelada a linha.
Apesar das condições precárias em que opera nos últimos anos, o caminho de ferro ainda atraía passageiros, especialmente os habitantes locais, que após o encerramento ficaram sem meios de transporte.
A 16 de novembro de 1948, a Gazeta dos Caminhos de Ferro transcreveu uma notícia do jornal Eco do Funchal, onde se reporta que tinha sido vendido o Caminho de Ferro do Monte.
O material foi vendido a um preço quase irrisório, segundo a opinião da altura, enquanto que as antigas instalações foram deixadas ao abandono.
Parte do material resultante do desmantelamento, nomeadamente os carris, foi para a sucata e parte foi utilizado na reparação do Elevador do Bom Jesus, em Braga.
Detail of the highway bridge over the Rua do Comboio. The creator of this bridge won an award for his work a few years ago.
A historic building from the city center, there are several panels of mosaics with these colors, blue and white, which portray the experiences of other times on the island of Madeira.
In this case, refers to the train, traveling between the lower par of the city and high on Monte e Terreiro da Luta, during the first half of the twentieth century. A number of accidents due to the characteristics of the line, very steep, together with the second world war dictated his removal. Today, the train It are in the name of the whole route: Rua do Comboio.
At right is yet another transport, this very typical, and is still in full swing, with the transport of tourists on the Monte to a lower zone of the city.
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Num edifício histórico do centro da cidade, existem vários painéis de mosaicos com estas cores, azuis e brancas, que retratam vivências de outros tempos na ilha da Madeira. Neste caso concreto, refere-se ao comboio, que viajava todos os dias entre a parte baixa e a alta, no Monte e Terreiro da Luta, durante a primeira metade do século XX. Alguns acidentes, devido às características da linha, muito íngreme, aliado à segunda guerra mundial ditaram o seu afastamento. Ficou o nome a todo percurso: Rua do Comboio.
À direita pode ver-se ainda um outro transporte, este muito típico, e que ainda está em plena actividade, com o transporte de turistas do Monte para uma zona mais baixa da cidade.