Este trabalho, representando o Funchal em alta definição, esteve patente no átrio da Câmara Municipal do Funchal para melhor evidenciar a cidade. Foi durante o período de revisão do Plano Diretor Municipal do Funchal. Por aqui se vê a irregularidade do solo encimado por montanhas rasgadas pelo tempo, com uma base mais harmoniosa junto ao mar.
As casas que vemos pinceladas nestas serras são do premiado hotel Choupana Hills, que viu arder o seu coração nos incêndios de verão de 2016. Desde então encerrou as portas que já não tinha no edifício principal e aguarda uma solução que tarde em surgir. Era um hotel único caraterizado pelas suas casas harmoniosamente dispostas onde ficavam os quartos da unidade de cinco estrelas.
O navio de cruzeiros Astoria sai calmamente do Porto do Funchal. Navega com o nome Madeira escrito na popa. Um pouco mais acima está a bandeira de Portugal. O navio pertence à Portucasle Cruises, que o fretou à Cruise & Maritime Voyages.
A razão de ter o nome da ilha da Madeira e a bandeira portuguesa reside no facto do navio estar no Registo Internacional de Navios da Madeira, que integra o Centro Internacional de Negócios da Madeira. É um registo de navios português que tem a particularidade de ser o terceiro maior da Europa.
A manhã começa a iluminar a cidade com a sua luz de encantar.
Em primeiro plano temos a igreja que integra o secular Convento de Santa Clara. E, mais adiante, encontramos dois grandes navios de cruzeiro atracados no Porto do Funchal, em concreto, o imponente Britannia, à esquerda, e o Celebrity Eclipse.
Esta fotografia dos jardins da Quinta Palmeira, foi obtida a uma grande distância, só possível com um zoom potente. Ao longe, esta janela manuelina que se encontrava no edifício João Esmeraldo, onde se pensa que Cristóvão Colombo tenha vivido, apenas é notada conforme o sol bate.
A Quinta Palmeira situa-se acima da Rua da Levada de Santa Luzia e pertence aos herdeiros de Jimmy Welsh. Nela sobressaem os majestosos jardins de elevado interesse botânico, as árvores de grande porte, a vista soberba para a cidade, e a própria quinta madeirense.
A quinta também teve problemas com os incêndios do verão de 2016.
Não é nenhuma prisão, antes uma opção arquitetónica que os arquitetos que projetaram este edifício para o Grupo Blandy. Foi aplicado no empreendimento que construiu há alguns anos nos terrenos contíguos à Madeira Wine Company. Compreende apartamentos e zona comercial, com o centro comercial Galerias São Lourenço, do qual faz parte esta imagem, vista do primeiro andar dos estacionamentos públicos.
A artéria rodoviária que vemos à frente é a Rua Ivens. Pode ver-se ainda, à esquerda, a parte norte do Jardim Municipal.
Vista lateral da Fortaleza de São João Baptista do Pico que continua a aguardar um caminho que avive a sua história e a faça encher de vida. Presentemente está encerrada. O Governo Regional tudo fez para que o imóvel ficasse para a Região Autónoma da Madeira, o que aconteceu com a saída da Marinha. Mas depois fechou. Até agora.
A antiga Estação do Pombal. Sim porque a cidade do Funchal teve um comboio que subia desde esta estação ao Terreiro da Luta, lá em cima, no Monte, onde as casas acabam. E depois descia. Os primeiros lanços entraram ao serviço em 1893 e 1894.
No entanto, só a 24 de Julho de 1912 o comboio chega ao Terreiro da Luta, a 850 metros de altitude. Nessa altura, tinha uma extensão de 3.911 metros.
O comboio era servido pelas paragens: Pombal, Levada de Santa Luzia, Livramento, Quinta Sant’Ana (Sant’Ana), Flamengo, Confeitaria, Atalhinho (Monte), Largo da Fonte, e Terreiro da Luta.
Naquele mesmo dia 24 de julho, é inaugurada a estação do Terreiro da Luta, o Chalet Restaurant-Esplanade,um restaurante panorâmico, com capacidade para 400 clientes, explorado pela própria Companhia do Caminho-de-Ferro do Monte. Este edifício ainda existe e é utilizado para festas.
A Companhia do Caminho-de-Ferro do Monte não teve vida fácil. Lutou contra grandes dificuldades financeiras. Não conseguiu reunir capitais suficientes para substituir o material circulante, que mostrava graves sinais de desgaste. Diz-se mesmo que a situação levou ao acidente de 10 de setembro de 1919, quando se deu uma explosão na caldeira de uma locomotiva, na altura em que o comboio subia em direção ao Monte. Resultaram 4 mortos e vários feridos, entre os 56 passageiros. Devido ao desastre, as viagens foram suspensas até 1 de fevereiro de 1920.
A 11 de janeiro de 1932, acontece novo desastre. Desta vez, por descarrilamento. A partir de então, os turistas e os residentes afastaram-se do caminho de ferro.
A II Guerra Mundial trouxe estancou o turismo e a companhia entrou em crise.
Outro fator que contribuiu para o declínio foi a construção de estradas.
Assim, em abril de 1943 dá-se a última viagem do comboio. Logo depois é desmantelada a linha.
Apesar das condições precárias em que opera nos últimos anos, o caminho de ferro ainda atraía passageiros, especialmente os habitantes locais, que após o encerramento ficaram sem meios de transporte.
A 16 de novembro de 1948, a Gazeta dos Caminhos de Ferro transcreveu uma notícia do jornal Eco do Funchal, onde se reporta que tinha sido vendido o Caminho de Ferro do Monte.
O material foi vendido a um preço quase irrisório, segundo a opinião da altura, enquanto que as antigas instalações foram deixadas ao abandono.
Parte do material resultante do desmantelamento, nomeadamente os carris, foi para a sucata e parte foi utilizado na reparação do Elevador do Bom Jesus, em Braga.
Esta fotografia foi feita ontem à noite. Aproveitei os ensaios para o espetáculo de Vídeo Mapping que esta noite vai acontecer na Praça do Município e click. Estavam poucas pessoas, mesmo poucas. Os carros que passavam abrandavam surpresos para ver aquela projeção inédita na fachada principal da Câmara Municipal do Funchal, que promove o evento.
Trata-se de uma técnica de projeção de vídeo que utiliza as fachadas dos edifícios como tela, criando ilusões de ótica e noções de movimento em objetos estáticos, acompanhadas de efeitos sonoros e luminosos.
Vão ser duas sessões, hoje e amanhã, com a duração de 12 minutos e, em ambos os dias. Serão continuamente projetados entre as 21h30 e as 23 horas.
O espetáculo, assente em imagens em 3D, vai contar a história do município, abordando episódios do presente e mostrando a ambição do que deve ser o Funchal no futuro.
A diáspora e as cidades com as quais o Funchal é geminado também não foram esquecidas.
A intenção é que os espetadores sejam conduzidos numa viagem no tempo, que pretende deixá-los orgulhosos de si próprios e da sua cidade.
A icónica estátua de João Gonçalves Zarco, presente na Avenida Arriaga, terá um papel central, e vai ganhar vida através de um ator virtual, que será projetado na fachada da Câmara Municipal e que irá interagir com a mesma.
Serão, ainda, homenageados funchalenses ilustres, que contribuíram, e ainda contribuem, para a projeção do Funchal e da Região, em Portugal e no mundo.
A enorme faixa esconde e disfarça as ruínas do edifício que outrora teve uma das mais emblemáticas confeitarias da cidade do Funchal, a Felisberta. O incêndio do verão de 2016 destruiu o pouco que restava e que poderia ligar ao tempo em deliciava todos que lá iam com os bolos existente de fazer crescer água na boca.
Durante muitos e muitos anos a confeitaria que tinha o emblemático armário ao centro onde se podia levantar a tampa e retirar os bolos foi-se degradando. E, nesse período, ninguém lhe restituiu a alma. Até houve quem idealizasse para aquele espaço outra utilização que cortava radicalmente a ligação histórica. Felizmente não foi em em frente numa terra em que se atropela a história sem ressentimentos.
Hoje, do antigo edifício só sobram as paredes. A que vemos aqui e outras interiores que definiam espaços. Daí que mesmo que alguém procure um encontro com o passado as ligações serão muito, muito ténues. De qualquer forma, seria interessante voltar a ter a Felisberta em toda aquela extensão porque uma metade, tanto quanto me recordo, tinha uma utilização diferente. Aliás, ainda se pode ver, apesar da destruição, a separação na parede frontal do edifício com entrada na Rua das Pretas.
Não, não é ilusão, estes dois relógios estão a mostrar horas trocadas.
Esta fotografia tem algumas semanas mas o problema subsiste, pelo menos nestes dois mostradores, conforme documenta a fotografia. Arrisco a dizer que está assim desde que a torre da Sé foi recuperada nos trabalhos que terminaram no último verão. Talvez os relógios sejam reparados numa fase posterior. Hi. hi, hi....
Mas, aparentemente, tendo em linha de conta que o atraso é sempre o mesmo, a questão estará em ajustar o ponteiro dos minutos.
A casa que vemos integra o hotel Quinta da Bela Vista, uma unidade hoteleira que faz jus ao seu nome. É uma casinha de prazeres, muito típica nas quintas madeirenses, que tem como uma das suas utilidades proporcionar os prazeres da vista que dali se alcança.
Além da vista privilegiada para a cidade e da qualidade, o hotel tem arrecadado muitos prémios por tudo isto e pela excelência do serviço.
Este edifício que se pode ver à esquerda está hoje a ser intervencionado. Durante muitos e muitos anos intrigou a razão do seu autêntico abandono devido à sua arquitetura mas, sobretudo, pela localização privilegiada, sobre o mar, ali mesmo atrás de um dos miradouros da zona da Barreirinha, em Santa Maria Maior. Felizmente estão a manter a matriz.
Interessante registo de dois navios de cruzeiro que se cruzam no Porto Funchal. Atracado, o imponente Independence of the Seas, que, quando foi lançado em 2008 era o maior navio de cruzeiros do mundo, a par dos gémeos Freedom of the Seas (2006) e Liberty of the Seas (2007). Hoje estão quase a fugir da lista do top 10 dos maiores do mundo.
No plano intermédio entre o navio da Royal Caribbean e o casario da cidade, vemos um paquete com muita história. É o resistente da Portucasle Cruises, mas que está fretado pela Cruise & Martime Voyages. Era o Azores antes de ser fretado.
Este navio tem a particularidade de estar no Registo Internacional de Navios da Madeira, pelo que tem bandeira portuguesa na popa e escrito o nome Madeira, sob o nome Astoria, igualmente na parte posterior do navio.
Além disso, no seu longo currículo, este paquete lançado em 1948 tem a particularidade de, em 1965, com o nome de Stockholm, perante um grande nevoeiro em Nova Iorque, ter colidido com o navio Andrea Doria, resultando no afundamento deste último.